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Resenha - Ilha das Flores

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Da direita para esquerda, Ana Claudia de Oliveira e Juliana M. Oliveira, acadêmicas do 3º período de psicologia da PUCPR - Campus Toledo.

   Fazendo um paralelo das ideias de Marilena Chaui com o documentário da "Ilha das Flores", pode-se afirmar que a função da ideologia é explicar racionalmente as diferenças sociais aos membros de uma sociedade dividida em classes, de modo que os conflitos sociais sejam camuflados e haja aceitação sem críticas.
   O vídeo mostra um ciclo vicioso, onde as pessoas de classe média trabalham e produzem com o intuito de consumir, e o seu consumo gera o lixo que alimenta as pessoas na Ilha das Flores. Percebe-se que há a dominação de uma classe sobre a outra, há aceitação sem crítica por parte de todos que que compõem esse processo, já que ninguém demonstra repúdio diante da situação, pelo contrário, ela é vista como normal e natural.
   A universalização também é evidente, pois os valores dos dominantes são encorporados pelos dominados. Isso é visto claramente no vídeo, no fato do dono o terreno na Ilha das Flores (detentor do meio de produção) estende essa condição aos adultos que vão coletar o material orgânico descartado, adultos estes que irão involuntariamente estender isso as crianças. 
  Presas neste círculo vicioso, dificilmente essas pessoas conseguirão sair dessa situação, entretanto a sociedade irá acusá-las de ociosidade e incompetência quando, na verdade, as desigualdades sociais estabelecidas pela divisão social do trabalho e pelas relações de produção é que de fato são causas das desigualdades individuais.


 
Documentário "Ilha das Flores"


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